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A perda de peso e as dietas restritivas

Numa sociedade cada vez mais pautada pelo excesso de informação e pressão social na procura por

um corpo perfeito e aceite pela comunidade, cada vez mais são as pessoas que procuram emagrecer

através de planos de emagrecimento que não são sustentáveis nem saudáveis a longo prazo. 

Na larga maioria desses casos, os indivíduos entram numa espécie de “dieta” que restringe grande parte dos grupos alimentares reduzindo o aporte calórico, o que por consequência leva a uma perda de peso. Na teoria a restrição energética e a perda de peso parece simples uma vez que para perdermos peso basta consumirmos menos calorias do que aquelas que o nosso corpo consegue gastar ao longo do dia assumindo assim um défice calórico. 

No entanto, é preciso entender que a palavra dieta é diferente da palavra restrição, sacrifício e má relação com os alimentos e que perder peso é diferente de emagrecer. A palavra dieta não é mais do que um estilo de vida saudável pautado pelos princípios da roda dos alimentos e da dieta mediterrânea onde todos os alimentos têm lugar na nossa alimentação sem qualquer tipo de terrorismo nutricional, pelo que deveríamos estar de dieta durante toda a nossa vida, adquirindo hábitos e rotinas saudáveis para sempre. Já no que diz respeito a perder peso Vs. emagrecer, é preciso notarmos que para perdermos peso basta restringirmos o nosso aporte energético, no entanto qual será a constituição de grande parte do peso perdido se restringirmos alimentos tão preciosos como a fruta e o vegetais, a carne e o peixe? Pois é, grande parte desse peso perdido será de água e de massa muscular, tão importante em todas as fases da nossa vida incluindo em atividades básicas do nosso quotidiano como simplesmente deglutir.

Para além desta perda de peso não saudável que se obtém através das dietas restritivas, não nos pudemos esquecer que o ser humano procura manter esse mesmo peso perdido o que também não acontece uma vez que um período grande de carência não é sustentável a longo prazo e não permite aos indivíduos terem uma boa consciência alimentar do que podem ou não ingerir. É certo que todos nós temos convívios, temos dias de maior pobreza nutricional e tudo isso faz parte do equilíbrio normal da alimentação, no entanto quem se encontra em dietas restritivas não encara estas exceções com normalidade mas sim com muita ansiedade levando muitas vezes a episódios compensatórios como forma de punição e uma má relação com os alimentos, levando aos ditos transtornos alimentares.

Esta restrição e eliminação de certos grupos alimentares, leva também à fraqueza, à queda de cabelo, à dor de cabeça, à perda de massa muscular proveniente do catabolismo e à quebra de unhas uma vez que não tendo acesso a alimentos de fontes energéticas o nosso corpo passa a emitir sinais de alerta de que alguma coisa está em falta. Também as deficiências nutricionais estão de entre os malefícios destas dietas uma vez que também a fruta e grande parte dos vegetais são excluídos, excluindo também uma grande variedade de vitaminas e minerais indispensáveis à vida.

É importante por isso deixar assente que estes tipos de dietas restritivas não combinam com saúde, não combinam com um bem-estar físico, mental e social e que a longo prazo a única forma de emagrecer com qualidade é incutindo hábitos e rotinas alimentares saudáveis personalizadas ao objetivo individual de cada um, aliados a um bem-estar mental, a uma prática de exercício físico regular e a uma boa qualidade de sono.

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